Mutirão nacional mapeia biodiversidade da Mata Atlântica com ajuda de estudantes, cientistas e cidadãos
Segue até 30 de junho a Bioblitz da Mata Atlântica 2025, uma mobilização de ciência cidadã que convida escolas, pesquisadores e a população a unirem forças no mapeamento da biodiversidade de um dos biomas mais ameaçados do país. A ação ocorre em plena programação do Mês do Meio Ambiente e é promovida pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), com apoio do Instituto Últimos Refúgios, da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST) e das prefeituras de Santa Teresa (ES) e São José dos Campos (SP).
A Bioblitz será realizada de forma simultânea em quatro municípios — Santa Teresa, Vitória e Vargem Alta, no Espírito Santo, e São José dos Campos, em São Paulo —, mas qualquer cidadão dos estados abrangidos pelo bioma pode participar registrando espécies locais. A proposta é simples: observar, fotografar plantas, animais e fungos e subir os registros para a plataforma colaborativa iNaturalist, acessível pelo site inaturalist.org.
Em Santa Teresa, as atividades envolvem a participação presencial de equipes do INMA junto a crianças e professores da rede pública municipal. Em São José dos Campos, professores da rede de ensino estão sendo capacitados com base na metodologia do projeto Clube de Observadores da Natureza e vão liderar a criação de clubes escolares para incentivar a observação e o registro da biodiversidade local.
“A Bioblitz não é uma competição, mas uma jornada coletiva de redescoberta da natureza. É um convite para observarmos com mais atenção o que está ao nosso redor e nos reconectarmos com a vida que nos cerca”, explica a pesquisadora Marina Monjardim, da organização do evento.
O objetivo, além da produção de dados científicos, é despertar encantamento e senso de pertencimento nos participantes. “Qualquer pessoa pode contribuir, registrando a natureza em praças, trilhas, quintais e parques urbanos”, destaca Juliana Hipólito, também pesquisadora do INMA.
Os dados coletados serão reunidos e analisados ao fim do período, revelando um panorama da biodiversidade registrada, com destaque para espécies mais observadas, novos registros e contribuições de participantes. “Essa é uma oportunidade de reencantar as pessoas com a natureza, e tudo começa com um olhar mais atento”, reforça Leonardo Merçon, fotógrafo de natureza e fundador do Instituto Últimos Refúgios.
Como participar da Bioblitz da Mata Atlântica:
- Acesse o site ou baixe o aplicativo gratuito iNaturalist (disponível para Android e iOS);
- Crie uma conta e inscreva-se no projeto Bioblitz da Mata Atlântica;
- Entre os dias 27 de maio e 30 de junho, fotografe plantas, animais ou fungos na natureza;
- Envie os registros pelo app ou site.