No mundo – o Movimento iniciado nos EUA em 2011, fundado pela Dra. Jacqueline (“Jackie”) Copeland (The WISE Fund), tem o objetivo de investir em ações concretas para a inclusão social de pessoas negras.
No Brasil – A prática de se organizar coletivamente, formando redes de apoio, para a proteção social e emancipação do povo negro no Brasil é conhecida como filantropia negra. E entre as iniciativas coletivas estratégicas do povo negro está o apoio entre os semelhantes que é uma característica das culturas e povos de África.
No mês de agosto em vários países pelo mundo, instituições promoveram eventos para discutir caminhos para acelerar a equidade racial e que ela seja efetivada em todos os setores da sociedade.
Esse modo de se organizar coletivamente foi uma das estratégias adotadas pela população negra no período escravista e tinha o objetivo de:
- lutar coletivamente para manter as tradições, pelo reconhecimento e titulação de suas terras;
- Comprar alforrias e prestar apoio para familiares e amigos;
- auxílio financeiro, empréstimos, doações eram algumas das iniciativas dessas organizações, que se apoiavam para contornar as adversidades;
- auxiliar a comunidade na área social. Lembro da Dona Nair, que era uma líder espiritual no bairro Divinópolis, na Serra. Assim, desde pequena observava que os terreiros eram espaços de celebração e culto das religiões de matrizes africanas no Brasil. Esses espaços se constituíram como espaços comunitários de ajuda e de solidariedade às pessoas negras e resistência frente ao racismo;
- Os blocos afros de carnavais surgem para demonstrar a presença dos negros na sociedade e mostrar a beleza e cultura que até então eram negligenciadas nas festas populares, como o Carnaval;
O “Mês da Filantropia Negra” (Black Philanthropy Month – BPM) tem como objetivo produzir e disseminar reflexões e conhecimentos sobre toda a diversidade da comunidade negra, levando em consideração gênero, nacionalidades e, também, dar destaque aos líderes da diáspora africana.
Esses eventos viabilizam espaço dedicado à debates de práticas do investimento social privado e da filantropia para equidade racial como a troca de conhecimentos, saberes, modos de fazer e práticas a fim de lançar luz à filantropia negra brasileira, além de refletir sobre a importância da filantropia e do investimento social brasileiro como promotor e fomentador de iniciativas e ações afirmativas de equidade racial.
As organizações do terceiro setor trabalham para buscar soluções que respondam aos desafios e demandas sociais, contribuindo, assim, para uma sociedade menos desigual, sustentável, democrática e mais solidária e, por isso, promover a equidade racial.
Atualmente, fundos filantrópicos e de investimento social atuam especificamente no apoio a organizações e populações negras. E essas instituições podem se configurar como sendo um ambiente qualificado de articulação, aprendizado e construção de parcerias.
São exemplos de fundos filantrópicos – o Fundo Baobá para Equidade Racial; Fundo Agbara; Instituto Aegea; Instituto Unibanco; Fundo Baobá; Fundo ELAS+; Banco J.P.Morgan; Fundação Ford e Fundação Tide Setubal.
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Fique por dentro!
Jantar Beneficiente
Acontece no próximo dia 17 de setembro, às 19h o 3º Jantar Beneficiente em prol do 5º Aniversário da Cariacica Down. Uma importante iniciativa para impulsionar ainda mais o belíssimo trabalho realizado pela instituição. Para saber mais acesse a página da Cariacica Down no Instagram @cariacica_down.
Setembro Amarelo
Como ação do Setembro Amarelo, campanha que visa prevenir e reduzir os números de suicídio no Brasil, o Instituto Unimed realiza nos idas 12, 21 e 27 deste mês palestras do programa Comunidades Saudáveis, com foco na saúde mental, vivências práticas com a terceira idade e boas práticas de saúde.
As palestras são online e gratuitas. Os interessados podem se inscrever por este link.